Meikon Kawakami coloca a Yamaha no pódio na estreia do Espanhol de Superbike

O piloto Meikon Kawakami, de 20 anos, garantiu um lugar no pódio logo na primeira rodada do Campeonato Espanhol de Superbike. Estreando na categoria SuperSport 600, o brasileiro fez uma excelente corrida e terminou em terceiro lugar neste domingo (3) em Jerez de La Frontera.

Após uma pré-temporada onde precisou se adaptar com a nova moto e também enfrentar as alterações intensas do clima, o piloto da AD78 Team Brasil by MS Racing celebrou muito o resultado na pista espanhola.
“Acho que fiz um bom ritmo, para quem não correu ontem (sábado) nada, teve problema, (então) fico feliz. Fisicamente cansa um pouquinho mais que a 300, principalmente os braços, mas vamos melhorar isso para a segunda corrida, e daqui a duas ou três semanas a gente se vê”, declarou logo após o final da corrida.


Fim de semana intenso
Após garantir o P3 no treino de sexta-feira (1º), o sábado foi mais complicado para Kawakami. Após alguns problemas técnicos que prejudicaram a Corrida 1, o brasileiro fechou o dia em P22. 

No domingo, Meikon buscou toda a força e experiência que já adquiriu nas últimas temporadas e, com muita habilidade, largou em P12 e recuperou cada posição, sem deixar se abater até a última volta. Com o problema identificado, resolvido e a estratégia correta, alcançou o P3 em Jerez de La Frontera, circuito onde ele já fez a pole position no Mundial correndo na categoria SSP300. 

O outro brasileiro estreante do fim de semana, Eduardo Burr, também teve bons resultados. Correndo na categoria SuperSport300, o paulista finalizou o sábado como P3 na categoria R3 bLU cRU Challenge e P9 na geral da SBK Junior de YZF-R3. Porém, o domingo teve alguns problemas e Burr fechou o fim de semana no P13. 

O próximo compromisso dos brasileiros no ESBK será em Valência, no Circuito Ricardo Tormo, entre os dias 21 e 24 de abril.

Expedicionários do Brasil será nossa nova aventura!
Rookie na ponta! Jorge Martin dá show no GP da Styria. | Motozoo®

Hahahaha! O MotoGP não cansa de nos surpreender, com corridas incríveis e inesperadas. Quem apostaria na vitória de Jorge Martin hoje, mesmo com a pole position? Quem diria que a primeira vitória da Pramac Ducati seria com ele, e não com Zarco? A Pramac não ganhou nem com Jack Miller.

Zarco tem uma caveira de burro enterrada em algum lugar no nome dele… porque é rápido, faz e acontece, é vice-líder do campeonato, mas não vence. Seu psicológico hoje deve ter ido no chão… levou um couro feio do companheiro de equipe.

Jorge Martin é rápido, excepcionalmente rápido. Já tinha feito outra pole antes, mas aí levou aquele estabaco forte, teve que dar um tempo e voltou muito forte, como se nada tivesse acontecido. Quem gosta muito dele é Jorge Lorenzo. Talvez Lorenzo tivesse apostado em sua vitória hoje.

Hoje fez um corridaço, largando da Pole e segurando a ponta até o fim, respondendo firmemente as investidas muito boas de Joan Mir. Com a liberdade de linhas que a Suzuki consegue fazer, não deve ser fácil manter a cuca fresca e não errar durante mais de vinte voltas. Show de bola.

Este negócio de que esta pista é da Ducati eu não sei não… mesmo com a vitória de hoje, as outras Ducatis fracassaram. Miller estava levando couro da Yamaha fraquinha, Zarco também e no final caiu para sexto, Pecco chegou lá atrás.

Este negócio de que a Suzuki e Yamaha não andam está acabando… a Suzuki visivelmente não estava levando o pau na reta de costume, e nem Quartararo.

Joan Mir fez uma corrida de campeão do mundo, sólida, rápida, precisa. Parece que o novo dispositivo de abaixar a traseira da moto está funcionando bem, hoje foi a estréia. Ele botou muita pressão no Martin, até desistir no final, a Ducati não trincou e ele devia estar arriscando demais. Andou muito, andou bem mais do que Rins, sua pilotagem além de rápida é muito precisa, ele não nos passa o medo que Rins passa, que é o de que vai cair a qualquer momento. Rins chegou em sétimo. Não é ruim, mas não é bom, está virando segundo piloto da Suzuki de fato. Que linda é a Suzuki na pista, a mais bela.

Quartararo teve um dia excepcional. Não choveu, a sua Yamaha andou horrores, seus adversários ficaram todos atrás dele, e no final ele saiu contente e abrindo ainda mais na liderança do campeonato. Deu uma sapatada na Ducati, ao vencer o duelo com Miller. Não deu para andar com Mir e muito menos com Martin, mas não tem problema, eles estão longe nos pontos do campeonato. Só a sua Yamaha anda, ou só ele anda na Yamaha. Viñales vacilão chegando em último, Crutchlow em antepenúltimo e Valentino Rossi em “trêzimo”. É uma diferença muito grande. E agora com Viñales fora do jogo, absolutamente tudo na M1 será feito e ajustado para ele.

Em quarto chegou um surpreendente Brad Binder. A KTM, quando mais anda nesta pista, melhor vai ficando. Igual ao ano passado, ela vai voltar muito mais forte semana que vem nesta mesma pista. Muito mais dados de pneus e suspensões. Nas suspensões a desvantagem da KTM e suas White Power  é muito grande, só eles usam elas, enquanto todo o resto do grid fornece feedback para as Ohlins.

O resto da corrida foi movimentada, com duas largadas, com a excelente posição de chegada de Dani Pedrosa, décimo. Miguel Oliveira não estava 100% depois de seu tombaço.

Marc Marquez andou muito, ele está vindo, apenas mais devagar do que ele próprio esperava. Seu conjunto braço+ombro não está ainda no nível anterior, ele está sentindo que melhora, mas ainda sente. O nível é alto, este sentimento ruim dele já é suficiente para fazê-lo chegar em oitavo, na frente do seu irmão e atrás de um bom Nakagami, que chegou em quinto, quase quarto.

A Yamaha está muito bem com Quartararo, a Suzuki recebeu updates e esteve muito bem hoje com Mir. A Honda ainda meio perdida sem Marc Marquez e a Ducati, apesar da vitória, sai da corrida com seus pilotos mais longe da ponta. Ganhou a Ducati “errada”. As certas queimam no meio de tanta gente, dinheiro, atenção, cobranças e vacilos da Ducati Corse, uma equipe que não valoriza seus pilotos.

Stoner deu uma declaração esta semana falando sobre isso, dizendo que a Ducati tem zero de lealdade com seus pilotos, por acreditar que tem a melhor moto. A KTM ainda instável, mas melhorando (aposto que semana que vem vem rasgando) e a Aprilia na mesma, melhorando devagar, mas na segunda metade do campeonato as outras equipes melhoram também, vai ficando progressivamente mais difícil aparecer.

Este papo de Viñales na Aprilia me enche de raiva… na minha torcida só se Dovi rebarbar e se Viñales baixar MUITO seu preço. Ele sai da Yamaha FRACASSADO e levando muito couro de seu companheiro de equipe. Nem em sonho deveriam cogitar pagar para ele algo parecido com o que ele ganha hoje na Yamaha, dizem que 8 milhões e euros/ano.

Que venha a próxima semana.

Source: Rookie na ponta! Jorge Martin dá show no GP da Styria. | Motozoo®

Motos de GP – Suspensões | Motozoo®

Dando continuidade aos textos sobre as motos de GP, vamos agora falar um pouco das suspensões delas.

Apesar do preço e sofisticação das peças, as suspensões são relativamente clássicas, com garfos telescópicos na frente e mono amortecimento traseiro.

Já se tentou fazer algo diferente, como as ELF no tempo das motos de 500cc com Ron Haslam (pai do Leon Haslam do WSBK). Com bom resultado inclusive, e a Honda comprou todas as patentes desenvolvidas. Mas não o suficiente para serem melhores do que o bom e velho garfo telescópico do “tipo Ceriani”. O Italiano Arturo Ceriani começou a fabricá-los nos anos de 1960 e hoje a marca pertence ao grupo Paioli, que também faz suspensões muito boas na Itália.

Olha aí a ELF de GP 500

Responsável maior pelo feedback que o piloto recebe ao correr com a moto, o conjunto de suspensão dianteiro tradicional ainda é o que melhor sensações e velocidade proporciona ao piloto. É uma peça que é ao mesmo tempo responsável pela direção e suspensão da moto, e uma meio que atrapalha a outra. Existem trocentos outros projetos que separam uma função da outra, como nos carros, mas nenhuma delas se revelou até agora melhor do que os garfos telescópicos do tipo Ceriani.

E entre os fabricantes, a Ohlins se sobressai. Tem piloto que coloca no contrato que só corre de Ohlins. Tempos atrás Mick Doohan pediu para testar uma sueca na sua Honda 2T, que era obrigada a correr de Showa. Montaram, ele deu 3 voltas e baixou mais de um segundo no tempo imediatamente… é demais. Em meados dos anos 2000 o HRC liberou-se da Showa e hoje todos correm com a sueca, menos a KTM, que investe na sua White Power.

Com tanto piloto e equipe boa usando a Ohlins, eles acabam que tem um conhecimento muito superior aos outros, pois são muito mais dados que eles recebem das equipes. E provavelmente são forjadas nas mesmas fornalhas que fizeram o martelo de Thor, Mjölnir! Só pode.

Cada piloto tem o seu técnico de suspensão, porque é uma coisa muito sensível. As regulagens são as mesmas de uma moto de rua… mola, válvulas, óleo. A diferença deve ser a precisão e os materiais que eles usam, além da telemetria que é precisa.

 

A Ducati e suas canelas negras de carbono

A Ducati, sempre ela inovando, começou a usar suspensões Ohlins com o tubo externo de fibra de carbono, isso há dois anos atrás. Não foi ela que inventou, a Honda talvez tenha sido a primeira lá nos anos 80, mas foram abandonados. Mais leves e eles podem mexer na flexibilidade do tubo. apanharam um pouco, mas hoje está aí disponível para quem quiser usar. Acho que Honda e Yamaha usam também.

Também no capítulo de inovação e que mistura com o chassi, são os sistemas que a Ducati inventou para abaixar as suspensões dianteira e traseira na largada e depois a traseira em prova, para melhorar a aerodinâmica da moto. Gigi não é mole não!

As suspensões são com ajuste elétrico e se auto ajustam para cada trecho da pista, baseadas em um mapa que vai na ECU e que é capaz de reconhecer em que parte da pista a moto está. Já deu muita merda isso, pois quando falha a moto fica totalmente desregulada de suspensões, uma uma regulagem errada para o local da pista.

Esta característica da moto mudar curva a curva foi um fator importante na mudança de geração dos pilotos. Antigamente, uma das maiores qualidades de um piloto era sentir o comportamento da moto e prever o que ela faria na próxima curta, aproveitando-se disso para andar rápido. Porém, teve uma hora que o piloto começou a pegar uma moto diferente para cada curva do circuito, teve que confiar nos técnicos e desenvolver outro tipo de sentimento, em constante mudança. Muitos pilotos não conseguiram fazer este clique.

 

Coisa linda esta White Power grossona da KTM. Funciona

É um componente caro, sofisticado e importante na moto. A Ohlins domina o mercado, todos a usam, menos a KTM, que usa White Power e desenvolve sua tecnologia própria.

Fonte: Motos de GP – Suspas | Motozoo®

 

Motos de GP – Chassi | Motozoo®

Nestas férias de corridas, vamos aproveitar para falar um pouco de um assunto que é incrivelmente pouco comentado e conhecido, as Motos de GP.

O regulamento do MotoGP, grande, extenso e cheio de mumunhas, dá a direção e os limites para que os construtores criem suas máquinas de GP. Colocam limites para que as motos sejam parelhas e façam um espetáculo interessante.

Ninguém quer ver uma corrida onde uma moto suma na frente e antes mesmo da largada, já se saiba o vencedor. Todos querem uma disputa prá valer, com pilotos e motos engalfinhando-se em batalhas imprevisíveis. Sem show não tem interesse, sem interesse não tem patrocinadores, sem patrocinadores não tem dinheiro, sem dinheiro não tem campeonato. Simples assim.

Sendo assim, a organizadora do espetáculo, a Dorna, junto com os fabricantes, chegaram em um acordo para limitar as despesas e evitar que a Honda e Yamaha, gastando muito mais do que as outras, ganhem tudo. Não adianta muito, porque Honda e Yamaha acabam disputando entre elas, mas está funcionando, Ducati, Suzuki, KTM estão a cada dia mais perto e inclusive a Suzuki é a campeã do mundo.

As motos de GP tem que obrigatóriamente serem protótipos, não podem ter peças derivadas de motos de rua.

Cobas ao lado de suas motos.

Vamos começar pelo chassi… o que temos rodando na pista? Em sua maioria são variações do chassi “inventado” pelo espanhol Antonio Cobas, a trave perimetral de alumínio. Até então todos os chassis eram uma bosta, comparados com hoje em dia. Os japoneses, os piores. Os de treliça da Ducati antiga, aceitáveis. Estes chassis são leves (são ocos) e a combinação de reforços e partes sólidas com partes finas, dão uma imensa possibilidade de regulagem.

O primeiro chassi bom japonês foi o Yamaha Deltabox, dali prá trás era tudo meia boca, e ganhavam porque tinham dinheiro, motor e pilotos.

 

Um Deltabox

Longe de serem super rígidos, eles tem uma flexibilidade calculada e acertada para as suspensões e pneus. Mudou o pneu? Babou tudo. Mudaram as suspensões? Babou também. Além de suas medidas, é claro, como cáster, trail, tamanho da balança traseira e etc. A função do chassi é de manter tudo junto com eficiência sensibilidade para o piloto. Tem que funcionar recebendo as forças dos movimentos, acumulando, liberando nas horas certas. Ser responsivo, regulável, previsível… é ciência de foguete. Dentro de limites ele é totalmente regulável. O ponto onde a balança traseira encaixa é regulável, existem várias balanças com várias flexibilidades, o entre-eixos é regulável, o angulo dos garfos é regulável e até a sua flexibilidade pode ser um pouco mexida com uns “inserts” de reforço que podem ser aparafusados no bicho. O tanque de combustível geralmente é embaixo do piloto, para uma melhor centralização do peso.

 

o “Salad Box” da Ducati

A Ducati, sempre ela, desde o tempo do Filippo Preziozi, e agora com o Luigi Dall’Igna, apronta por caminhos diferentes. Gigi veio um um chassi mais convencional, onde Filippo tinha acabado com o chassi, mas a Ducati tem o que suspeitam ser um amortecedor de massa, naquela parte traseira horrorosa que apelidaram de caixa de salada. É um dispositivo super sofisticado, que a Ducati parece ter adaptado da F1 para as motos de GP. É meio segredo, não se mostra a bruta e só a Ducati usa. A Honda chegou a construir um, mas parece que desistiu. Descobri agora até uma versãozinha para a Panigale ó: https://www.superbikeunlimited.com/supreme-technology-oversuspension-mass-damper-bmw-ducati-yamaha

Para não dizer que são todos iguais, a KTM tem uma tecnologia de chassi mista, que combina tubos treliçados com partes de alumínio. Tem funcionado. Os tubos treliçados que Casey Stoner usou na Ducati para ser campeão do mundo em 2007 funcionam, mas tem limites. São leves, são mais fáceis de ajustar mexendo na posição e espessura deles, mas com as motos chegando a quase 300 CVs, foi ficando difícil. Aí o Filippo resolveu acabando com o quadro! Como as antigas Panigales, o motor era o quadro. Mas o Valentino Rossi chegou, não gostou, rolou um ai meu Deus e a Ducati perdeu-se toda, culminando com aquela moto horrível que o Rossi andou por lá, onde tudo era planejado de um jeito e onde colocaram um quadro de dupla trave desajeitado.

 

O chassi misto da KTM

Tudo em uma moto de GP é importante e a falha em conseguir o ajuste de qualquer uma de suas partes, leva a perder alguns centésimos de segundo por volta e pronto, está fora da disputa. O chassi é o responsável maior pelo caráter da moto, ao manter tudo junto, ao receber todas as forças e controlá-las. Uma parte depende da outra, o motor é feito para o chassi, mas o chassi também é feito para o motor e vale também para os pneus e suspensões. Até a eletrônica, porque todos os movimentos da moto tem sensores e são medidos no box.

Para finalizar então, e simplificando, Honda, Ducati, Yamaha, Suzuki e Aprilia usam o mesmo tipo de quadro, a dupla trave de alumínio. Apenas a KTM usa um quadro de tubos+alumínio.

 

Aprilia sendo montada

Depois vou falar das suspensões, pneus, motor, eletrônica e aerodinâmica das motos de GP. Aguardem!!!!

Mário Barreto

 

Fonte: Motozoo® Blog | Motozoo®

 

 

A Formiga Atômica está de volta! Sachsenring é dele!! | Motozoo®

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Meus amigos, que corrida emocionante esta de hoje. Foi de chorar. Foi a maior choradeira no paddock. Sim, Marc Marquez venceu pela décima primeira vez seguida nesta pista, mais de 580 dias depois de sua última vitória e encerrando o jejum da Honda de 21 GP’s sem vencer.

É um piloto excepcional, ainda não está 100% recuperado de sua lesão. Segundo ele, o osso está colado e bem colado. O problema agora é o ombro que dói porque o úmero está ligeiramente “virado” no lugar. Tudo cicatrizou, consolidou, mas os músculos, nervos, ligamentos, todas as estruturas envolvidas estão em processo de recuperação e isso fez com que o osso ficasse viradinho um pouco, o que modifica o seu encaixe lá no ombro. Para uma pessoa normal isso é aceitável. Para quem tem que montar em uma RCV e dar pau no Quartararo é um tiquinho mais complicado, dói um pouco. Os médicos dizem que ele precisa de mais 1 ano para isso se resolver.

Mas hoje não teve ossinho virado que o parasse!! Todos esperavam uma boa corrida do Marc, é uma pista que ele adora e vence sempre, ele melhora fisicamente a cada dia, estava confiante para a prova. Desde que voltou ele tem corrido bem. Sempre melhor do que os outros pilotos Honda, uma vergonha para eles, mas tem caído. Sempre que forçava, caía. Este era o seu único cagasso para a prova de hoje, e realisticamente seu objetivo era o pódium. Ontem fui ver meu grande amigo e leitor Cecelo Frony tocar na pracinha (recomendo, muito bom) e ele me perguntou sobre meus prognósticos para a corrida. Perguntou: “e Marc Marquez, aposentará?”. Graças a Deus eu disse que não, e que inclusive ele iria andar bem hoje, podendo surpreender. Largar de quinto neste grid competente não é fichinha não. Segunda fila é condição de combate. Me dei bem, não posso perder meus poucos leitores e Cecelo vai lembrar disso.

Não sei se um cara que ganhou as dez últimas corridas nesta pista, ganhar a “ônzima” pode ser considerado surpresa… mas dadas as circunstâncias, foi mais ou menos isso. E foi em condições imperiais, largou de quinto prá segundo, passou Aleix Espargaró na moral, foi prá ponta de dominou a corrida até o fim. Segundo ele, a hora de vencer foi quando começaram a cair umas gotinhas, quando ele pensou: “é a minha corrida, hora de acelerar”. E fez isso, no curto período em que caíram as gotinhas ele meteu a mão e abriu a vantagem que o permitiu vencer.

Apesar da excelente corrida e ritmo de Miguel Oliveira, ele lutou mais contra ele mesmo do que contra o Miguel. O grande desconto que Miguelito tirou no tempo deveu-se muito mais a um erro do MM do que diferenças no tempo de volta. MM estava controlando suas voltas e certamente tinha de onde tirar mais caso fosse necessário. Tanto que depois do erro e nas 3 voltas finais, ele voltou a abrir da KTM.

Era o que ele precisava para completar sua recuperação, vencer. Voltou ao pódium logo em primeiro lugar, sepultando as dúvidas de que ele estaria acabado para o esporte. Para o pesadelo de todos os outros pilotos e equipes, que a partir de agora, terão que contar com ele e com o HRC na equação dos pontos. Marc Marquez é sensacional.

A KTM é que fez também uma recuperação sensacional, o que mostra o que é uma diferença técnica para o resultado em corrida. Depois do início de ano fraquíssimo, os austríacos refizeram o chassi da moto e Miguel Oliveira está arrepiando. Terceiro pódium seguido, com Brad Binder chegando em quarto, humilhando a Ducati, seu concorrente europeu. Petrux, apesar de não largar em boa posição, estava animado com o novo chassi e esperava fazer uma boa prova, ele precisa, sua batata está assando na equipe, mas envolveu-se em um acidente logo no início da prova com Alex Marquez e vai ter que mostrar serviço na próxima. Iker Lekuona fica fora do meu radar, sei pouco e leio muito pouco sobre os seus progressos. Mínimos. A KTM parece ter uma moto no chão e boa de motor. Passou as Ducatis e a Yamaha com precisão e ainda tentou botar pressão no MM. Não deu para tanto, e chegou muito feliz  em segundo.

Feliz também, aliás, sempre feliz está Fabio Quartararo. Zero de marra parece ter o francês. Ganhando ou perdendo ele está sempre sorrindo e feliz. Voltando, feliz também chegou Quartararo em terceiro e no pódium, em um dia terrível para as Yamahas. Não conseguiram acertar a moto para a pista, todos andaram lá atrás, de modo que ele tirou muito mais no talento esta sua posição. Mesmo treinando rápido, ele veio reclamando o fim de semana inteirinho de que não estava tendo boas sensações na moto. Como ele disse, este terceiro valeu OURO, ainda mais que chegou na frente de seus concorrentes mais próximos, as Ducatis.

As Ducatis não se deram bem hoje, Bagnaia veio de trás em excelente recuperação, mas Zarco foi afundando e Miller ficou por ali tentando até ser ultrapassado pelo colega de equipe. Se não tem retão com freadão a 300 e muito, a Ducati sofre. Esta pista é fluida, com retas curtas e freadas difíceis, já entrando nas curvas, não é o forte delas.

As Suzukis tiveram o seu momento ali no meio da prova, quando Mir estava subindo muitas posições e Rins também bem posicionado. Mas aconteceu alguma coisa com Rins que perdeu posições e Mir parou quando chegou mais na frente. Estava chutando cachorro morto ou talvez tenha gastado seus pneus e gasolina, faltando no fim.

A Aprilia é que apareceu bem hoje não é? Largou na primeira fila, liderou a prova, andou ali na ponta um tempão mas no final não conseguiu nem repetir o melhor resultado, chegando em sétimo lugar. Um certa hora na prova virou saco de pancadas, sendo ultrapassada por uma cambada de gente. Não sei se o piloto cansou ou se a moto cansou, talvez os dois, mas foi um fim de semana de avanços, a Aprilia está andando para frente. Precisa de mais pilotos e de dinheiro para andar mais. Ela e a Suzuki são as equipes mais chimirranhas do paddock, gastam menos e a Aprilia nem oficial é. Vamos ver se no ano que vem, sendo uma equipe de fábrica, estas coisas melhoram com mais dinheiro e mais pilotos. Quiçá Dovizioso, porque o Lorenzo Savadori é um cai cai.

Queremos Dovi na Aprilia!!

Belíssima corrida a de hoje, com muita emoção, com muitas ultrapassagens, várias marcas disputando, muitos interesses em jogo. Restou a certeza de que a Honda não fez bobagem em assinar por muitos anos com o Marc Marquez, só ele sabe fazer a RCV andar. Tenho pena do Pol, como tive do Alex e do Lorenzo, é uma vergonha que eles passam, se comparados ao MM. Melhor até fazer como fazia o Cal Crutchlow, que arrebentava as motos mas pelo menos andava perto.

Semana que vem tem mais, e desta vez teremos Honda e Marc Marquez na pista, tudo muda de figura.

Fonte: A Formiga Atômica está de volta! Sachsenring é dele!! | Motozoo®

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Ducati domina em Jerez 2021 | Motozoo®

Meus amigos, mais uma corrida típica do MotoGP de nossos dias, imprevisível nos resultados. Quando você acha que as coisas estão andando como previsto, algo acontece e muda tudo!!! E o que estava previsto para hoje?

E a previsão se confirmou, Jack Miller na ponta com sua Ducati e Quartararo caindo para a quarta posição. Boas as largadas de Morbidelli e Bagnaia. Dali para trás, ainda mais nesta pista que não é larga, a sorte, as circunstâncias contam muito, pois dá sempre uma certa embolada e estar no lugar certo ajuda muito.

Leia mais: Ducati domina em Jerez 2021 | Motozoo®