18/09/2018

São Paulo: Ganha serviço de aluguel de scooters elétricas compartilhadas

Por DuMano - TMoto Magazine -
Explorando o mercado de mobilidade urbana, a Riba apresenta, na capital paulista, o RibaShare, serviço de aluguel de scooters elétricas compartilhadas. O serviço custará R$0,59 por minuto e funcionará, inicialmente, nas regiões da Vila Olímpia, Itaim Bibi e Berrini. O aluguel da scooter funcionará por meio de um aplicativo em que o usuário poderá localizar a RibaShare mais próxima e fazer uma reserva. As scooters possuem sensores inteligentes que destravam o veículo assim que o usuário realiza o check-in, outra vantagem é que o produto possui um baú com o capacete, para maior segurança e praticidade do consumidor.  Para devolvê-la é só estacionar na rua, em um local permitido pelas leis de trânsito, dentro da área de abrangência, sem a necessidade de levá-la ao ponto inicial. As motos estão isentas do pagamento em zona azul.
 
sharing1“Estamos otimistas e esperamos uma ótima aceitação do público. Nos baseamos muito no mercado europeu, que já possui alguns bons modelos de negócio como esse, que, inclusive, costuma ter mais oferta que demanda e essa é nossa expectativa. Somos pioneiros nesse segmento e esperamos expandir nosso negócio em um curto período”, projeta Fernando Freitas, CEO da Riba.
 
O executivo também conta que a frota inicial será de 50 scooters e que pretende virar o ano com 250 unidades. Até o final de 2019, serão 1250 RibaShares disponíveis. É possível percorrer até 90km com as motos elétricas e o limite de velocidade é de 50km/h, afim de evitar acidentes. Outras regras de utilização podem ser visualizadas na tela do aplicativo.
 
Quem estiver interessado, já pode se cadastrar no site da empresa e ficar na lista de espera para o lançamento do aplicativo, que acontece em outubro. O cadastro prévio também garante 15 minutos gratuitos no primeiro uso. Para pilotar uma scooter, é necessário possuir a habilitação do tipo A. A empresa também está realizando eventos de testes-drivers para que o público conheça o veículo.

Em 2030, 30% da frota brasileira será eletrificada, segundo estudo da consultoria Mckinsey

Ontem, segunda-feira (17), foi apresentado durante o Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos (C-MOVE), o estudo inédito sobre as perspectivas do veículo elétrico no Brasil e outros avanços no mundo. O estudo foi elaborado pelo Centro de Mobilidade da consultoria Mckinsey. O sócio associado do escritório de Detroit da Mckinsey, Patrick Hertzke, iniciou a apresentação apresentando quatro conceitos chaves: carro autônomo, conectividade, eletrificação e compartilhamento. Segundo ele, a consultoria se guia por esses macrotemas para estudar algumas tendências.
 
O principal dado sobre o Brasil foi a proporção que estuda o crescimento nas vendas de veículos híbridos e elétricos, que apontou que até 2030, 30% da frota brasileira vendida irá conter algum tipo de eletrificação. Ele também destacou que existem estudos em andamento para baratear o custo de etanol em veículos híbridos e também salientou que, por conta do combustível característico do Brasil, o país se encontra em uma boa posição no ranking dos países que menos poluem a atmosfera. “O Brasil possui ferramentas para chegar às frotas mais limpas do mundo, basta os incentivos corretos para isso”, completou.
 
O associado também destacou outros dados interessantes como: o case da Noruega, que, em apenas dois anos, já transformou um terço de sua frota em veículos eletrificados; nos próximos dois anos, 300 novos modelos de veículos eletrificados surgirão em todo mundo; até 2030, estima-se que serão necessários 55 bilhões de carregadores, devido ao aumento da frota mundial; a China manterá sua liderança de ¾ de todas as baterias vendidas no mundo e o local em que as pessoas mais carregarão os carros serão em seus locais de trabalho.
 
Bernardo Ferreira, sócio associado no Brasil, comentou dados do especialista americano e disse que o Brasil ainda possui muito a avançar, mas existem boas expectativas. “O Brasil vende dois milhões de carros por ano, e apenas 3000 são elétricos, é muito pouco. Apesar disso, começamos a enxergar algumas mudanças de comportamento, incentivo da indústria e investimento em novas tecnologias. Por isso precisamos entender o que precisa ser melhorado para avançarmos ainda mais”, concluiu.