08/02/2022

Venda de motos cresce e empresas de motopeças apostam na estabilização do setor em 2022

Por DuMano - TMoto Magazine -

Os meses de pandemia foram de incertezas e oscilações para todos os segmentos da economia em função da inconstância e fragilidade gerada no mercado pela pandemia global da Covid-19. Embora o vírus ainda não esteja controlado e as consequências da sua propagação sigam assombrando empreendedores e varejistas em todo o mundo, as vendas de motocicletas fecharam 2021 com 1.157.369 unidades emplacadas, um crescimento de 26,42% na comparação com 2020, minimizando os prejuízos de grande parte das indústrias e comércios. Neste contexto, um dos segmentos com projeções mais otimistas para este ano é o de motopeças.

“As motocicletas foram as grandes protagonistas nos momentos mais instáveis da pandemia, seja como instrumento de trabalho para entregadores ou meio de transporte livre de aglomerações. Elas foram responsáveis por manter o mercado ativo e nós acabamos nos tornando um serviço essencial para estas pessoas”, afirma a gerente de suporte comercial da Laquila, empresa líder do mercado de motopeças da América Latina, Iael Trosman.

Mesmo com a instabilidade econômica, a empresa registrou um crescimento de 25% e uma alta no giro de peças de motor para motocicletas. Além disso, na contramão do mercado, se antecipou ao abastecer seus estoques antes da virada do ano, não sofrendo com o desabastecimento enfrentado por empresas dos mais variados segmentos no Brasil. “Foi um período de muita volubilidade, com meses de cenários positivos e meses de baixa no faturamento, mas o fato das motos terem ganhado espaço como uma opção para gerar renda extra colaborou para o equilíbrio no nosso segmento”, acrescenta.

Com a necessidade de distanciamento social, os serviços de entrega em domicílio ganharam muitos novos adeptos no ano que passou, registrando aumentos significativos no fluxo de pedidos e no número de novos estabelecimentos e entregadores cadastrados. Além disso, muitos tornaram a moto seu principal meio de transporte por fatores econômicos ou de segurança, projetando um crescimento no mercado de motopeças maior até mesmo que o das próprias montadoras.
 

Os novos hábitos de serviços via delivery e a absorção da motocicleta como mecanismo individual de mobilidade ocasionados pela pandemia não frearam o setor e devem seguir refletindo em 2022. “Após a grande indefinição do começo da pandemia, nós chegamos a um efeito rebote, no qual a demanda de motopeças aumentou significativamente de uma hora para outra, nos permitindo projetar um aumento nas vendas, mesmo sem estatísticas concretas”, completa Iael Trosman.

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